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V - Política de Internacionalização

 

Uma universidade fronteiriça já nasce, ainda que inadvertidamente, internacional. Porém, nem por isso ela é institucionalmente internacionalizada. Os dez campi, sejam os que fazem divisa direta com a República Argentina ou a República Oriental do Uruguai, sejam aqueles que se encontram um pouco mais afastados, fazem parte de uma lógica de fronteira que inclui regiões dos países vizinhos em um continuum sociocultural sul-americano. Isto é um grande ativo – com o qual a UNIPAMPA tem sorte de já ter nascido – que deve, todavia, ser mais explorado e ampliado. Para isto, incluímos quatro propostas para que a internacionalização da UNIPAMPA seja ampliada de forma participativa e democrática.

 

Propostas

 

EM PRIMEIRO LUGAR, a UNIPAMPA deve potencializar os convênios que já possui com instituições estrangeiras. Durante seus anos de atividade, a Assessoria de Relações Internacionais da UNIPAMPA (ARInter) deu passos importantes rumo à celebração de convênios com universidades de nove países. Tais ações, contudo, devem ser acompanhadas de projetos constantes de interação acadêmica que digam respeito ao ensino, à pesquisa, à extensão e à gestão acadêmica e que partam dos discentes, dos docentes e dos TAEs da nossa instituição. Deste modo, é preciso pensar a celebração de novos convênios e, concomitantemente, trabalhar de forma constante para que estes documentos funcionem como o início de uma vivência internacional das categorias que compõem a universidade.

 

EM SEGUNDO LUGAR, não se pode pensar uma universidade internacionalizada que não tenha como política a construção do domínio de idiomas estrangeiros pela comunidade acadêmica. Desta forma, a ARInter colaborará com a reitoria e os campi para a instituição dos Núcleos de Idiomas fixos e permanentes, e não apenas sazonais, que desenvolvam o potencial multilíngue de discentes, docentes e TAEs, com cotas inclusivas para membros das comunidades locais com base em critérios socioeconômicos. Isto deverá trazer melhoras sensíveis na competitividade dos discentes da UNIPAMPA, de forma ampla, quando da publicação de editais pelo Programa Ciência sem Fronteiras do Governo Federal e de agências nacionais e internacionais. 

 

EM TERCEIRO LUGAR, buscar-se-á, através de discussões periódicas da ARInter com grupos discentes de todos os campi, os melhores critérios para se selecionar alunos para intercâmbio acadêmico internacional, seja com base no mérito acadêmico, seja com base em elementos socioeconômicos, conforme as peculiaridades de cada campus e os editais disponibilizados pela UNIPAMPA, por instituições estrangeiras ou por órgãos governamentais. O Programa de Apadrinhamento ao aluno estrangeiro deverá ser valorizado e contar como experiência acadêmica no currículo discente, ponto a ser defendido pela ARInter em discussões com as comissões locais e as coordenações acadêmicas.

 

EM QUARTO LUGAR, a UNIPAMPA não pode desconsiderar a qualidade do seu pessoal docente e o valor de uma experiência acadêmica internacional – e o quanto isto se reflete em benefícios para os campi onde tais servidores estão lotados. Logo, a ARInter buscará sistematizar, através dos convênios já estabelecidos e a serem estabelecidos com instituições estrangeiras, através de discussões com a PROGESP e com o corpo docente, o intercâmbio docente de e para a UNIPAMPA, buscando levar nossos professores para ensino e capacitação no exterior e buscando trazer docentes externos para temporadas nos nossos campi, qualificando ainda mais, desta maneira, os currículos acadêmicos dos nossos cursos.

Logo, a ARInter deverá ampliar o escopo de suas atividades para congregar, através do diálogo permanente, as várias categorias universitárias em torno do projeto de internacionalização da universidade, o qual deve ter como escopo: 1) a ampliação do conhecimento local incluindo perspectivas externas; 2) a contribuição regional para a construção de saberes em outras localidades; e 3) a reafirmação da UNIPAMPA como universidade integradora sul-americana, com olhos atentos tanto ao Cone Sul quanto às mais diversas parcerias regionais e extrarregionais.

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