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VIII - Política de Pesquisa, Ensino e Extensão

 

Defende-se que a prática educacional requer a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão; são momentos diferentes e complementares da consolidação do saber. Em aula, toma-se conhecimento dos saberes necessários à formação específica. A pesquisa possibilita que este saber seja testado, assim como é possível a criação de novos saberes. Durante a extensão, estabelece-se a relação com a comunidade da qual a universidade faz parte e, assim, efetiva-se seu papel de interação e troca de saberes e práticas.

Assim, a efetivação do tripé ensino-pesquisa-extensão é parte fundamental do processo de aprendizagem e da consolidação de uma universidade capaz de criar e se envolver com a comunidade circundante. Ademais, é papel da gestão ir além do papel usual dado a tais atividades, que geralmente são tratadas como um processo mercadológico ou assistencialista. Assim, busca-se a efetivação de uma universidade popular de fato.

Diante disso, é preciso sair da “torre de marfim” que se tornou a Universidade Pública no Brasil e incorporar os saberes populares na constituição democrática da UNIPAMPA. Urge a participação ampliada dos movimentos sociais nos campos do ensino, pesquisa e extensão.

 

Propostas

 

1ª - Simplificação/readequação da terminologia: utilizada para nomear as bolsas e editais de ensino, pesquisa e extensão de forma a incentivar a participação dos discentes. Deve servir como forma de desburocratização e atração do corpo discente a ser parte destes;

 

2ª - Prazos e fluxo contínuo: apresentação de prazos adequados por meio de edital para a produção de projetos de ensino, pesquisa e extensão, com notificação de todos os atos produzidos no procedimento administrativo;

 

3ª - Transparência e agilidade na certificação dos projetos executados: processo virtualizado e simplificado;

 

4ª - Mapeamento de áreas do saber: amplo debate com todos os campi para que sejam consideradas as peculiaridades de cada área do saber no que diz respeito ao reconhecimento dos métodos de realização dos projetos de pesquisa;

 

5ª - Fóruns por área de saber: visa identificar as peculiaridades e estabelecer grupos de trabalhos que possam avaliar projetos de acordo com a peculiaridade da área, conferindo maior autonomia aos proponentes. Além disso, debate contínuo acerca dos projetos político-pedagógicos de curso;

 

6ª - Projetos locais, empoderamento local: levantamento, via Pró-Reitorias, das demandas locais de cada campi e cidade, de forma a facilitar a elaboração e realização de projetos locais quando for cabível;

 

7ª - O papel da Comissão Própria de Avaliação (CPA): dialogar e aprofundar o debate com CPA para estabelecer objetivos de curto e médio prazo para aperfeiçoar os processos da UNIPAMPA e avançar nos campos do ensino, pesquisa, extensão e pós-graduação;

 

8ª - Núcleos de Idiomas: incentivo, por meio de estrutura e bolsistas, à criação, em cada campus, de um núcleo de línguas estrangeiras para aperfeiçoamento da comunidade universitária. Serão convidados a ministrarem aulas docentes, TAEs, estudantes e pessoas da comunidade local que tenham conhecimentos em línguas estrangeiras. Todos serão certificados, no caso dos TAEs e docentes, como forma de encargo em projeto de extensão e, no caso dos alunos, como atividade complementar de graduação;

 

9ª - Diálogos entre graduação, pós-graduação e núcleos: estímulo ao diálogo e participação entre estudantes da graduação e pós-graduação, bem como a participação destes no processo de inovação tecnológica, por meio do PampaTec e do Centro de Interpretação do Pampa;

 

10ª - Consolidação dos cursos de graduação: garantia da implementação dos cursos de Medicina (Uruguaiana) e Direito (São Borja). Debate acerca da ampliação/restrição/manutenção do quadro dos cursos de graduação da UNIPAMPA, com base no PDI;

 

11ª - Ampliação/Manutenção de pós-graduação stricto sensu: política de apoio para a manutenção dos programas de pós-graduação stricto sensu já existentes e criação de editais para a elaboração de novos projetos;

 

12ª - Empreendimentos solidários: estímulo, via edital próprio, à criação de incubadoras de cooperativas populares, visando uma relação dialógica entre equipe de incubadores e grupo assistido, de modo a promover a existência e a consolidação destes empreendimentos para que estes tenham características gradualmente mais compatíveis com os princípios da economia solidária. Estes são processos de inovação condizentes com o ethos da Universidade Pública;

 

13ª - Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT): consolidação, divulgação e diálogo permanente com o NIT;

 

14ª - Criação de Política de Graduação: mapeamento de identidades de todos os cursos de graduação da UNIPAMPA, num trabalho conjunto entre PROGRAD e campus para identificar as potencialidades de cada curso e de campus por área de conhecimento. Esse estudo servirá de base para: a) matriz de distribuição docente; b) análise de perfis e políticas para aumento de ingresso; c) estabelecimento de políticas para evitar a evasão; d) criação de novos cursos de graduação;

 

15ª - Criação de Política de Pós-Graduação e Pesquisa: mapeamento de cursos de pós-graduação e identificação, a partir da política de graduação, em trabalho conjunto com os campi das potencialidades a serem desenvolvidas neste campo. O estudo servirá de base a: a) matriz de distribuição docente; b) estabelecimento de políticas de qualificação/requalificação docente; c) incentivo à criação de novos cursos de pós-graduação; d) potencialização, por meio de editais, dos grupos de pesquisa; e) estímulo à inovação; f) criação de minter’s e dinter’s para qualificação dos servidores;

 

16ª - Logística: exame de peculiaridades de cada campus para que se possa potencializar, via disponibilização de recursos, a utilização da frota nas saídas de campus, de maneira a atender aos interesses dos pesquisadores envolvidos. A utilização do carro por servidor deverá se dar mediante seguro total;

 

17ª - Núcleos Permanentes de Extensão: criação de núcleos para examinar potencialidades e necessidades das comunidades mais carentes de cada um dos dez Municípios. A intenção é que a UNIPAMPA saia do seu encastelamento ou que auxilie na potencialização de projetos já desenvolvidos, de formas que se tornem políticas permanentes de extensão;

 

18ª - Parceiros Públicos: estabelecimento de parcerias e convênios com a UERGS e Institutos Federais com o intuito de: a) otimizar o aproveitamento da estrutura física; b) propor cursos de pós-graduação em parceria; c) propor mobilidade entre os docentes; d) criar fórum para lutar contra a precarização do ensino superior.

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